A oportunidade que a Rede
Globo tem dado aos cantores evangélicos não é difícil de ser explicada. Além do
nítido crescimento deste ramo musical e da qualidade do seus artistas, o gospel é um dos mercados menos atingidos
pela pirataria. Segundo uma reportagem da folha de S. Paulo, apenas 15% do que
é comercializado é falsificado – muito diferente do mercado secular, onde a
pirataria chega a atingir 62%. “Nosso público é muito fiel, que entende que
pirataria é pecado, é crime”, declarou Fernanda Brum. Para “recompensar” este
segmento, a emissora carioca decidiu colocar em sua grade um especial voltado
para o público cristão, o “Festival Promessas”. O evento trouxe dois lados da
moeda: esperando um público de mais de 200 mil pessoas no Aterro do Flamengo no
dia da gravação, o megashow contou com a presença de apenas 20 mil. A
audiência, no entanto, no dia da transmissão do Festival compensou o que a imprensa
chamou de “Fiasco”. Foram 13 pontos de Ibope, o dobro do que a Globo vinha
marcando com seus programas na faixa das 13h. O Festival também dividiu
opiniões de pastores, que acusaram a emissora de estar interessada apenas no
dinheiro que a música gospel é capaz de render. O pastor Gustavo Bessa, marido
da cantora Ana Paula Valadão
- uma das atrações do Festival
Promessas e contratada do Som Livre, gravadora da Globo
- Chegou a comparar a
emissora com o império babilônico em seu blog. “Era uma estratégia de guerra e
conquista que tinha a intenção de fazer com que os povos conquistados não mais
levantassem a bandeira de sua terra natal, de seus costumes, de sua religião e
de seus princípios, mas antes fossem engolidos e assimilados por outros povos,
culturas e religiões” descrever Bessa que completa dizendo que a intenção dessa
manobra” era fazer com que os judeus assimilassem e fossem assimilados pela
cultura babilônica”. A Globo já anunciou que o evento será realizado mais uma
vez este ano, com a possibilidade de haver mais de um ao longo do ano (três ou
quatro em estados diferentes).(((
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