ÓLEO DE COCO: HERÓI OU VILÃO?

Ingerir óleo de coco, na forma líquida ou em pílulas, com o objetivo de perder peso virou a febre do momento, inclusive para famosos. Entretanto, será que, mesmo sendo um produto natural, ele é benéfico? O assunto tem gerado opiniões controversas entre os médicos. Na opinião de Cíntia Cercato, médica endocrinologista que pertence ao grupo de Obesidade do Hospital das Clínicas da USP, acreditar que o óleo de coco tenha esse efeito milagroso é ilusão. “Não faz nenhum sentido consumir esse produto pensando em emagrecer. Trata-se de uma gordura saturada, que, em tese, não faz bem a saúde. A diferença em relação a outras gorduras é que o óleo de coco é um ácido graxo composto de cadeia média. Isso faz com que sua metabolização pelo organismo seja mais rápida”, explica, ressaltando que, se consumindo em excesso, pode até aumentar o colesterol e o peso. Para Rosana Radominski, presidente do departamento de obesidade da sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo, a ingestão do óleo de coco pode prejudicar pessoas que tenham problema no funcionamento do fígado, “A sobrecarga de ácido graxos pode agravar a situação de quem sofre de cirrose”, alerta. Em contrapartida, na visão do médico homeopata Márcio Bontempo, autor do livro Poder Medicinal do coco e do Óleo do coco Extra Virgem, o produto pode fazer benefícios à saúde se for consumido em substituição a outros tipos de gordura, “Ele ajuda a reduzir o mau colesterol e tirar gordura de áreas inconvenientes do corpo, porém, deve estar associado à prática de exercícios físicos e dietas. Não é milagroso”. Opina.